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Transporte público de Aracaju tem mais de 2 mil pulos de catraca por dia – F5 News

 Transporte público de Aracaju tem mais de 2 mil pulos de catraca por dia – F5 News

O sistema de transporte público coletivo de Aracaju e região metropolitana enfrenta um desafio: mais de 2 mil pulos de catraca são registrados diariamente, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp). Esse número configura um crime previsto no Código Penal e compromete o funcionamento do sistema como um todo.
Os prejuízos gerados por essa prática são notáveis, conforme relatado pela Setransp. Durante a Operação Corujão, apenas na madrugada da última quarta-feira (5), foram contabilizados 30 pulos de catraca em duas viagens da linha exclusiva da Eduardo Gomes e Tijuquinha Via Tancredo Neves. Além disso, em duas viagens da linha M. Freire II/ Piabeta e Albano Franco, 65 pessoas optaram por não pagar a tarifa e utilizar o serviço pulando a catraca.
“Pular catraca é crime, segundo os termos de uso do serviço de transporte público. Essa prática, segundo informações da Setransp, presente no cotidiano de algumas linhas, interfere no transporte como um todo. Quem pula a catraca está ocupando o lugar de alguém que está pagando”, destaca Raissa Cruz, presidente do Setransp
Essa fraude compromete ainda mais a operação do sistema, conforme informações do Setransp, pois a receita gerada pelas passagens é essencial para cobrir os custos operacionais, que não são totalmente cobertos devido às gratuidades e ao congelamento da tarifa desde 2022. “Além do risco de vandalismo, a prática do pulo de catraca influencia na tarifa do transporte, que é calculada pela divisão do custo do serviço e pelo número de passageiros pagantes”, acrescenta a presidente.
O que diz a Polícia?
A Delegacia Geral da Polícia Civil de Sergipe informou que está investigando as imagens que circularam nas redes sociais e na imprensa sobre pessoas pulando catracas de ônibus em Aracaju. A corporação reiterou que essa ação, além de causar prejuízos estimados em R$ 400 mil por mês às empresas de transporte público da região, é considerada fraude conforme o artigo 176 do Código Penal.
O delegado-geral Thiago Leandro iniciou a investigação para apurar os danos registrados nos vídeos e responsabilizar os envolvidos, podendo os atos serem considerados associação criminosa se praticados por várias pessoas em conjunto. A polícia também destaca que, se houver ameaça envolvida, pode configurar roubo ou extorsão. Informações podem ser enviadas ao Disque-Denúncia da Polícia Civil pelo telefone 181, com garantia de preservação da identidade do denunciante.

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