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Políticos e seguidores prestam solidariedade a Gleice Queiroz após operação – F5 News

 Políticos e seguidores prestam solidariedade a Gleice Queiroz após operação – F5 News

Políticos, internautas e entidades de classe manifestaram solidariedade à jornalista Gleice Queiroz, alvo de um mandado de busca e apreensão, nesta quinta-feira (25), suspeita de envolvimento no furto de objetos da Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc) de Sergipe.
A notícia da operação deflagrada nas primeiras horas da manhã repercute intensamente nas redes sociais e grupos de aplicativos de mensagem, onde a jornalista exerce sua atividade profissional atualmente.
O inquérito que desencadeou a ordem judicial cumprida nesta quinta já tinha sido divulgado pela própria jornalista em suas redes sociais, mas segundo ela publicou em setembro de 2023, já teria sido encerrado.
Ele apura o desaparecimento de equipamentos do patrimônio da Comunicação da Seduc entre os dias 29/12/2022 e 06/01/2023, sendo um telefone modelo Iphone 13 Pro Max, um notebook e um fone de ouvido, além do uso indevido de um programa de computador adquirido pela Secretaria, conforme o processo ao qual o F5News teve acesso.

O vereador Ricardo Marques, também jornalista, e o deputado federal João Daniel, publicaram notas de solidariedade em seus perfis nas redes sociais. “Estive na delegacia que está investigando o caso e lamento muito toda essa situação. Irei acompanhar para que ela tenha todas as garantias de defesa”, afirmou o parlamentar aracajuano.
“É lamentável que um inquérito, que já estava arquivado por falta de materialidade, agora tenha sido reaberto a partir de uma operação com tons midiáticos e sem qualquer chance de defesa da jornalista, já que esta teve seu principal instrumento de trabalho, o aparelho celular, apreendido pela Polícia”, disse o petista.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) também publicou nota na qual sugere que a operação teria a finalidade de intimidar a jornalista. “Não podemos tolerar que profissionais da Comunicação sejam intimidados, sejam por ações policiais ou por processos judiciais, por estarem cumprindo o seu papel de denúncia e de crítica aos gestores. É preciso lembrar que o jornalismo livre é um dos pilares da democracia.”, diz a entidade.
Já o Sindicato dos Jornalistas declarou, por meio de nota divulgada no final da tarde, que não conseguiu contato com Gleice Queiroz, mas está acompanhando os desdobramentos da operação. A entidade afirmou ainda que “prosseguirá em defesa das prerrogativas e dos direitos da profissão, zelando pela garantia dos direitos fundamentais e constitucionais ao exercício da ampla defesa e ao contraditório”. 
Com um tom combativo, Gleice Queiroz se notabilizou no último ano pelas críticas a gestores e órgãos públicos, em sua maioria, do governo estadual, e ganhou projeção na redes, com um aumento substancial de seguidores em plataformas digitais como instagram, facebook, X (antigo twitter), além do blog pessoal que mantém ativo desde que deixou o cargo de chefe da assessoria de comunicação da Seduc, onde atuou por seis anos, até o final de 2022.
Gleice Queiroz nem sua defesa se manifestaram sobre a operação até a publicação desta notícia. O F5News segue à disposição.
Em nota divulgada no começo da tarde, a Polícia Civil afirmou que a operação não tem relação com o exercício profissional de Gleice Queiroz e confirmou a apreensão dos aparelhos eletrônicos em sua residência. “Os equipamentos apreendidos tinham os mesmos números de série informados em boletim de ocorrência, após desaparecem”, diz. 
A corporação negou a informação de que um helicóptero tenha sido utilizado na ação de cumprimento de mandado de busca e apreensão e declarou que “está à disposição de advogados para esclarecer qualquer ponto acerca da investigação que transcorre no Depatri”. 
 

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